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A distribuição de presentes pelo Dia das Crianças já começou no Centro de Atendimento aos Refugiados, um dos projetos sociais da Companhia das Filhas da Caridade – Província RJ. E uma figura fundamental na campanha é a voluntária Alessandra Peixoto, que há cerca de um mês está ajudando a organizar os kits. Para conseguir arrecadar o material, Alessandra acionou a Rede do Bem, grupo de voluntários criado por ela em 2019. São familiares, vizinhos, ex-alunos do Colégio da Imaculada Conceição  e pequenos comerciantes que se uniram com o mesmo propósito: ajudar aos atendidos pelo Centro de Refugiados.

Moradora de Botafogo, bairro na zona sul do Rio de Janeiro, Alessandra, de 46 anos de idade,  foi aluna do Colégio da Imaculada Conceição, da Rede Vicentina de Educação, do maternal até a oitava série. Mas frequenta a escola até hoje, já que dois sobrinhos seus estudam lá. Em 2019, quando viu o muro ao lado da escola pintado com vários rostos coloridos, foi até lá ver o que era e conheceu o Centro de Atendimento aos Refugiados, que acabara de ser inaugurado, na Rua Muniz Barreto, 100.

A parceria começou em uma Feira da União, quando Alessandra se propôs a fazer atividades com os filhos dos refugiados  que estavam expondo. Ela reuniu um grupo de amigos e juntos somaram forças com a equipe do Centro para entreter os menores enquanto os pais trabalhavam.  Naquele mesmo ano, Alessandra colaborou com as festas do Dia das Crianças e do Natal. “É enriquecedor poder contribuir com essas campanhas. Me sinto muito feliz por participar, de alguma forma, de um projeto tão sério como esse”, diz Alessandra.

Em 2020, Alessandra estava ajudando a organizar a campanha de Páscoa, quando veio a Pandemia. Todos os 500 “kits guloseimas” foram distribuídos, mas não foi possível fazer festa pela necessidade de isolamento social. Este ano não será diferente. Não haverá nenhum evento presencial e os brindes serão distribuídos até o final de outubro. O que mudou foi a quantidade de crianças cadastradas, que já passam de 650 – desde o início da Pandemia, o Centro de Atendimento aos Refugiados é o único local com atendimento presencial no Rio de Janeiro. 

“É muito bom poder contar com pessoas como a Alessandra e diversos outros grupos da sociedade civil que apoiam o Centro de Atendimento aos Refugiados. Começamos nossas atividades em 2019 com muitas pessoas apoiando e essa rede só aumenta”, diz a Assistente Social Samara Franco.